Quantos deles até agora eu vivi,
Demasiados para o meu coração resistir,
Poucos para dizer adeus como é devido
A mente se sente impotente diante da partida,
O coração, frágil, sofre com tanta despedida,
O tempo, inexorável, não poupa ninguém,
E a vida nos prega peças sem piedade também.
Quantas perdas, quantas despedidas em vão,
Achar o sentido, uma busca em vão,
O charlatão cobre nossos olhos, é verdade,
E as pessoas nos ferem, matam nossa felicidade.
Pacificar já parece uma palavra extinta,
E quem é honesto, quem é falso, quem nos intimida,
Tudo se mistura, se confunde, é tão indistinto,
E a solitária escravidão da solicitude se faz tão distinta.
Deixar meu coração de lado, esperar tanto,
Mas nunca ser suficiente, nunca acertar no encanto,
Quem se importa, até que a morte nos leve,
Quem dá valor, quem ignora, quem se atreve.
Quando será o último adeus, o bom e sereno,
Quanto tempo mais será preciso, até entender,
Que a vida é efêmera, que o adeus chega sereno...
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