3 de jun. de 2019

Inerte

Seu quarto nunca mudou, 
Sua cama ficou organizada,
E suas paredes continuaram as mesmas.

Suas fotos, ainda emolduradas,
Sua camisa da fama
Pendurado lá, lendo o nome dele.

Seus prêmios inalterados,
Em sua mesa, recém-envernizada,
Lá todos eles estavam enfeitados.

Seu pente ainda segurava cabelo,
Selvagem e tão justa
Mas o mundo não se importa.

Sua mãe limpava diariamente
As lágrimas fluem vagamente
Onde ela uma vez riu alegremente.

Sua constante que ficou,
A única coisa que permaneceu,
Sua linha direta de dor.

Seu quarto nunca mudou,
Tudo permaneceu o mesmo,
E isso a deixou louca.

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